sábado, 2 de fevereiro de 2013

Hawaii



Nas férias de 2009 resolvi unir 2 destinos dos meus sonhos para visitar 2 amigas, muito amigas, cada uma morando em um deles: Hawaii e São Francisco, CA.
Como minhas férias são em junho, resolvi ir primeiro para o Hawaii, pois achei que quanto antes eu chegasse lá, menos quente seria, já que junho é ainda o início do verão. Eu sempre ouvi dizer que o Hawaii é extremamente quente no verão, e eu decididamente não sou fã de calorão. Sou daquelas que prefere a praia no início da manhã e no final de tarde. Quando tenho que ir no meio do dia por motivos sociais (encontrar os amigos), não saio de baixo do guarda-sol.
Então os planos eram de passar 3 semanas no Hawaii com a Têca, uma super amiga que conheci no trem da morte indo para Macchu Picchu quando eu tinha 18 anos! E depois ir passar mais 3 semanas com a Tânia em São Francisco, amigona da época das praias do Camburi, litoral norte de SP, da época em que eu morava em Sampa.

Hawaii
O Hawaii é lindo!!! Os filmes e as fotos que vemos não mentem... a água é azul turquesa, as montanhas são altas e verdes, e o meio-ambiente me pareceu muito preservado, principalmente no “North Shore” da ilha de Oahu, e em outra ilha que visitamos, o Kauai, literalmente um dos lugares mais lindos do mundo!
A minha amiga morava no centro de Oahu. Ela foi uma super anfitriã. Tirou férias, e se empenhou em me mostrar cada canto de Oahu fazendo uma atividade outdoor diferente, não poderia ter sido mais perfeito!!!
Alem disso, voamos de Oahu para o Kauai, a ilha mais preservada do arquipélago, e foi o lugar onde as paisagens realmente tiraram o fôlego, alem de termos feitos uma das trilhas mais lindas e incríveis que já fiz. Fotos e detalhes abaixo!

No meu primeiro dia de praia já me surpreendi como a fauna marinha é abundante e convive bem conosco: um leão-marinho fazendo a siesta na praia.

O Hawaii é que nem Floripa: O melhor meio de transporte é de carro. Das estradas é sempre possível ter um visual belíssimo, e se chega a todo lugar. Outra semelhança com Floripa, são as montanhas que também chegam muito perto do mar. Mas no Hawaii, talvez por ser uma ilha vulcânica, elas são muito mais altas.

Este era o local de surf preferido de minha amiga: Diamond Heads. É perto do centro, bem constante de ondas e fácil acesso. Eu também adorei!

As estradas são ótimas e bem sinalizadas. As distâncias são longas, e uma vez que se sai do Centro, não há mais trânsito. Viajamos por toda a ilha de Oahu de carro, cada dia para um lugar, assim sempre tínhamos muito tempo para curtir os destinos.


Às vezes tinha a impressão de estar dentro de um filme. Aloha!

Hanaleiwa Beach. Adorei esta praia, o mar uma delícia!

Minha primeira experiência de stand-up paddle foi em Waikiki. Antes desta viagem, eu tinha um certo preconceito com Waikiki. Imaginava um monte de hotéis 5* invadidos por turistas japoneses. E realmente este cenário existe, mas é tudo tão perfeito, tão limpo, tão lindo, que estando lá, me fazia sentir parte de um cenário de filme!

Pôr do sol na praia mais ao sul da ilha de Kauai. Esta praia é bem tranquila, não tem muita gente. Nós duas, como sempre gostamos de fazer no Brasil, quisemos ficar na praia até o último momento, quando o mar engole o sol. Foi lindo! Mais não contávamos com o fato de que ao retornarmos para o centrinho onde estávamos hospedadas em uma pousada, TUDO estaria fechado! Supermercados, lanchonetes, restaurantes... e eram só 8 horas da noite! Depois de um dia intenso, tivemos que sobreviver do frigobar.

Praia no Kauai. Nesta ilha a natureza é mais exuberante e intensa do que em qualquer outro lugar que vi por lá.

Um dia fomos fazer uma trilha de horas. É a trilha do filme de mesmo nome "A Trilha". As paisagens ao longo dela são impressionantemente lindas.


Na trilha. Kauai.



Paisagem ao longo da trilha no Kauai.

Reencontro com minha amiga de infância que estava morando naquele paraíso!

Esta vista é de um mirante no Kauai. Como estas montanhas são lindas!

Mais uma vista linda do mirante no Kauai.

Este canal de mar é em uma praia no leste de Oahu. Saimos de um canal calminho e remamos em caiaques por mar aberto até uma ilha.

Esta praia é Hanauma Bay, uma reserva natural também na costa leste de Oahu. Tem que pagar para entrar, assistimos um video obrigatório sobre preservação do meio-ambiente. A praia é bem controlada e vigiada por conta da rica vida marinha que mora ali nos corais.

Waikiki.

4th of July! Dia da Independência dos EUA. Entre as comemorações, uma prova de canoagem havaiana, esporte típico local.

Luau de celebração a 4/julho.

Umas poucas vezes que minha amiga não pôde me acompanhar, eu tomava este ônibus na esquina da casa dela e descia nas praias do Centro, que por sinal tem o mar bem limpo. Nem sinal de poluição.

Um dia subimos o vulcão inativo Diamond Heads, fica na ponta da praia de Waikiki. Mais uma vista linda havaiana!

Curtindo o visual depois da subida.


Waimea Bay. Não consegui desvirar esta foto, mas ela simplesmente não podia faltar! Como não era época de ondas, se transformou na minha piscina.

Haleiwa. A cidadezinha central do North Shore, onde até se respira o surf.

Uma diferença gritante entre o Hawaii e o Brasil é não há nenhum quiosque, nenhum ambulante, nenhuma possibilidade de se comprar uma água, uma cervejinha, um açaí nas praias. Ou seja, ou você leva algo, ou morre de sede por conta do calor, ou tem que sair logo da praia!

terça-feira, 28 de agosto de 2012

Deserto do Atacama


Esta viagem foi em agosto de 2008. Com certeza é um dos lugares mais lindos que já visitei, um dos lugares mais lindos do mundo! Nunca vi nada tão diferente, paisagens de outro mundo!

Saímos de Floripa de ônibus para Curitiba, onde deveríamos pernoitar na casa de minha querida amiga Camila, e lá embarcar em um vôo direto para Santiago do Chile, onde faríamos uma conexão para Calama. 

Vista do avião da cidade com a Cordilheira dos Andes.
 
Ao chegar em Calama, já vi que ia ter que ficar de olhos bem abertos na viagem, pois vi que meus fones de skype e outros acessórios de eletrônicos tinham sumido de minha mochilona. Chegamos lá à noite, e já pegamos um transporte para São Pedro do Atacama, 100 km de asfalto, tranqüilo. Tínhamos reservado a pousada pela internet, uma das poucas opções que achamos online, e foi bom termos feito isso, pois chegamos lá bem tarde da noite. Mas no dia seguinte, já nos desapontamos bastante com o café da manhã, então ao passearmos pela vila (não dá para chamar de cidade), que é super charmosa, gostosa mesmo de passear por ali, já descobrimos uma outra pousada, simples mas ótimo custo benefício, com uma café da manhã maravilhoso, a Don Raul. Mudamos na hora. Próximo passo, depois de bem instaladas, foi organizar os passeios que queríamos fazer, pois lá nada é perto da vila. São Pedro de Atacama é só um ponto de partida e apoio para exploração do magnífico Deserto do Atacama. Nosso “Lonely Planet” trazia algumas dicas, inclusive qual a melhor agência para estes passeios, e realmente o Lonely tinha razão. Agendamos todos os passeios que queríamos fazer. 


Uma das ruas de pedestre de San Pedro de Atacama, travessa da única rua principal da vila.
   
Igrejinha linda de San Pedro de Atacama.

  
"Cruzamento principal" da cidade!

No nosso primeiro passeio, fomos para o Vale de la Luna, e ali já deu para ter uma bela idéia de onde estávamos. Paisagens SUPER impressionantes, lugares maravilhosos, muitas trilhas, dunas gigantescas, e para coroar tudo isso, fomos assistir o pôr do sol em um lugar com um visual espetacular, mais do que palavras conseguem descrever. Tinha muita gente pedalando por ali, que nos deu a ótima idéia de incluirmos um pedal no roteiro.


 
No fim do dia, o deserto fica cor de rosa...
 

Platéia para ver o por do sol.

Nos próximos dias, fizemos todos os passeios possíveis, pois já estávamos apaixonadas pelo lugar. Final de tarde voltávamos para a vila, onde nos deliciávamos com a culinária local, muito boa, e muito vinho Chileno!

Este passeio das fotos abaixo, foi pelas Lagunas Coloradas. O que mais impressiona no Deserto do Atacama são as cores. A cor do céu, a cor da terra, das montanhas, da água, fazem uma combinação impressionante, fascinante! O Deserto do Atacama é o deserto mais seco do mundo, e essa condição climática tem forte influência nas cores vibrantes de lá.


Uma das lagunas coloradas de nossos passeios.

 

Com estes visuais, ficava difícil querer parar de andar....

  
Esta lagoa era de outro mundo, coalhada de flamingos! A água é tão ácida por lá, que só eles conseguem se alimentar ali.

 
Vulcão Licancabur. Presença constante, de qualquer lugar que olhávamos.

A laguna dos flamingos novamente.





Uma noite, saimos para uma Expedição Astronômica. O céu noturno do Atacama é famoso por ser um dos que oferecem maior vizibilidade no mundo, tanto é que vários projetos científicos, como o ALMA, tem base lá. Esta noite, fomos para o meio do deserto, sob um frio intenso, gelado, observar as estrelas através de telescópios gigantes. Foi uma experiência única!!! Um verdadeiro show de estrelas cadentes, e observamos alguns planetas, e a Lua, muito, muito próximos de nós, emocionante!


Expedição astronômica. Show de estrelas cadentes.


La Luna!


La Luna de outro ângulo.



Teve um dia que resolvemos pedalar. Alugamos umas bikes, conseguimos uns mapinhas, empacotamos sanduíches de abacate!, e lá fomos nós. Passamos por umas formações rochosas que pareciam formar um canyon, e tinham sal nas paredes, nos chão. Tanto sal, vem do Salar do Atacama, ali próximo, que continua no segundo maior salar do mundo, o Salary de Uyuni, na Bolivia. Este pedal foi muito legal, vimos paisagens lindas, nos perdemos e nos achamos, e nos divertimos.

Pedal por uns canyons.

Teve um dia que acabamos em um verdadeiro "programa de índio". Fomos fazer uma caminhada de uns 20 km, a Caminada Altiplanos. Como o próprio nome diz, a caminhada era nas alturas, e havia um vento contra, que o tempo todo tentava nos fazer sair voando!! Os visuais eram lindos, mas o sofrimento foi tremendo. Meu pé congelou, e alguem ali do grupo me emprestou uma palmilha térmica de caminhada no gelo que o fez ressucitar.

Visuais ao longo da Caminada Altiplanos.

Mais visuais ao longo da Caminada.


Um dos passeios mais marcantes que fizemos, foi o dos Geysers del Tatio. Tudo neste passeio foi marcante. Tivemos que acordar antes das 4 da manhã, e aguardarmos o carro nos pegar na porta da pousada na madrugada, sob um frio inexplicável. Este dia vestimos todas as roupas que tínhamos na mochila! Dirigimos por mais de 1 hora, até chegarmos justo ao amanhacer no local dos geysers, que são ao pé do Vulcão Tatio, já extinto. A luz do amanhacer no deserto, aquele frio, e aquela fumaça subindo de buracos com água fervente do chão, ou seja, os geysers, tudo formava uma paisagem linda, maravilhosa, fascinante.



Os geysers ao pé no vulcão Tatio.
 

Geysers del Tatio.



Amanheceu, tomamos café da manhã ali mesmo montado pelo nosso guia junto aos geysers, e já era hora de partir. No retorno, uma linda surpresa. Um rio de água quentíssima, emoldurado por plantas congeladas! O visual era deslumbrante!! Só que a idéia era entrarmos na água. Ali, de manhã, depois de termos congelado naquela madrugada, parecia impossível se trocar, colocar biquinis!!, e entrar na água. Mas ainda bem que me deixei convencer....

O rio de águas quentes soltando fumaça ao encontrar a neve ao redor.
 

Depois que conseguimos entrar, não dava vontade de sair!

Créditos fotográficos: Camila Barp.

terça-feira, 31 de julho de 2012

 A Incrível Viagem de Schackleton - Alfred Lansing

Este é exatamente o estilo de livro que eu gosto: relato de uma viagem super radical. Mais radical impossível, ainda mais por ser verídica! O livro relata a literalmente incrível viagem de 22 homens, que em 1924, saem da Inglaterra para cruzar o continente antártico, passando pelo Pólo Sul, navegando por mares onde ninguem ainda tinha navegado. O navio encalha no gelo, e acaba sendo destruído. E aí vem a parte mais incrível e eletrizante do livro:  Por 6 meses, Schackleton e sua equipe sobrevivem sobre placas de gelo que se deslocam pelo mar congelado da Antártica, até que conseguem começar sua jornada em botes salva vida, pelo mar mais revolto do mundo, em busca de socorro. É simplesmente fantástico!



Baking Cakes In Kigali - Caile Parkin

Trata-se da estória de uma senhora em Ruanda, que tem um pequeno negócio em sua própria casa. Ela faz bolos sob encomenda. Cada pessoa que vem até ela encomendar um bolo, acaba contanto o seu momento atual de vida. As estórias de todos vão se entrelaçando, virando um delicioso romance sobre a vida, amor e bolos. E tudo fica ainda mais interessante por se passar em um país de cultura diferente e tão interessante. É daqueles livros que a gente não quer desgrudar.







O Valor dos Valores - Swami Dayananda Saraswati

Este não é o tipo de livro pelo qual eu teria me interessado espontaneamente. Mas o fato de eu estar praticando yoga, e me interessando cada vez mais pelo assunto, me levou a ele. O livro é uma delícia de ler. De forma leve e fácil, ele discorre por alguns capítulos do Vedanta, que são considerados como aqueles que conduzem ao conhecimento, pois a sua compreensão e a sua aplicação na vida diária são capazes de tranquilizar a mente para proporcionar um campo propício ao auto-conhecimento.





Chico Buarque - Para seguir minha Jornada

Mesmo para quem acha que conhece a trajetória de Chico Buarque que nem eu, este livo é maravilhoso de ler, de folhear, e de se ter em casa. Lendo o livro, fica mais fácil ainda ver porque o sucesso de Chico atravessou tantas épocas turbulentas, tantas fases diferentes da Música Popular Brasileira, e mesmo 46 anos após o sucesso de "A Banda", que o revelou, ainda soa novo e delicioso a cada nova música e cada novo show. Que Chico é de um talento genial, isso todo mundo sabe, mas o livro trás o "por trás dos bastidores" de como algumas músicas foram compostas, as cartas entre ele e os amigos que ficaram no Brasil quando ele morou na Italia, e fotos, muitas fotos deliciosas de ver. Vale cada linha. 







Liberdade - Jonathan Franzen

O livro começou meio estranho, muito focado em problemas de uma familia norte-americana, que no início me pareceu até bem chato de ler. Mas subitamente torna-se um romance envolvente que volta ao passado para começar da estória de vida de 3 adolescentes, sendo uma, a estrela do time de basquete da universidade, outro é um cantor de rock, e o outro é um amigo extremamente preocupado com o meio-ambiente e cheio de valores morais. A vida destes três personagens e das pessoas aos seus entornos é um trama que poderia ter acontecido em qualquer lugar, com qualquer pessoa, pois é fácil se identificar com eles. O autor me surpreendeu e me prendeu até a última linha do livro, e me deixou curiosa por como pode ter continuado a vida de seus personagens.