domingo, 1 de setembro de 2013

Sapa, Vietnam



Sapa localiza-se nas remotas montanhas no noroeste do Vietnam, na fronteira com a China. Para chegar lá, tinha que pegar um trem em Hanói. Pesquisando, descobri que o Livitrans é o melhor trem que há. Reservei uma cama em uma cabine quádrupla, e preparei-me para uma viagem que duraria 11 horas pelas montanhas até Sapa. Ainda bem que era trem noturno! Na minha cabine, 2 Sul-Coreanos e uma Vietnamita. Que legal que foi estar em um ambiente só com eles. Super simpáticos, interessados, contadores de estórias, animados. Um dos sul-coreanos mal falava inglês, mas mesmo assim fizeram questão de manter a conversa neste idioma para que eu pudesse participar. Pelo menos até eu desmaiar de sono.

Desembarcamos de manhã em Lao Cai, onde havia um transfer nos esperando para levar para Sapa. Em Lao Cai estava bem quente, mas que delícia que foi após 1 hora de estrada montanhas acima, chegar em Sapa, fresquinho, parecia até que eu ia usar calça comprida pela primeira vez na viagem!

Sapa é um destino famoso entre ecoturistas pela beleza de suas montanhas altíssimas que fazem fronteira com a China. São forradas de plantações de arroz, lindas! Não há uma rua plana em Sapa, sempre subidas ou descidas. Também é famosa por sua diversidade cultural, já que as montanhas que a rodeiam abrigam tribos de diferentes etnias. É uma cidadezinha incrivelmente pitoresca. 


A vista do quarto. Sapa Eden Hotel, recomendo muito! Localizado já na saída da cidade, em local tranquilo, e só há 2 minutos dos restaurantes e mil lojinhas!



A guia mais fofa que alguem pode ter. Bem-humorada, espirituosa, conversadeira.... deixou saudades!



 Crianças lindas na tribo de Cat Cat.


Pelas trilhas de Sapa.


Tribo e cachoeira em Cat Cat.


 Rumo à tribo dos H´Mong. O Vientam tem mais de 50 minorias étnicas, e este é um grande problema na unificação do país. Muitas destas minorias vivem ao redor de Sapa.


Amo trilhas porque sempre me levam a lugares especiais, e porque os caminhos são sempre também tão especiais.


As mulheres da tribo H´mong.


Nas trilhas.


 A caminho da tribo Dao.


 O restaurante onde almoçamos a caminho de Dao.

sexta-feira, 16 de agosto de 2013

Livros

Um Lugar na Janela, Relatos de Viagem -  Martha Medeiros

No início eu estava achando o livro meio fraquinho, achando que as viagens contadas não eram tão legais assim. Nada demais, sabe? Mas tem alguns contos que se sobressaem, especialmente quando para contrastar, ela conta fatos e costumes de sua terra natal, o Rio Grande do Sul, tão 'exótico'. Gostei muito do conto sobre a viagem ao Japão, acabou sendo o meu preferido.






O Regresso - Rosamunde Pilchner


Este livro é ótimo! Ele trata de um tema que não desperta o meu interesse, mas como me foi muito bem recomendado por uma amiga que sempre me empresta livros ótimos, aceitei o desafio de ler as 1091 páginas. Trata-se da estória de uma menina que é internada em um colégio na Inglaterra, quando a mãe e a irmã menor partem para Colombo, no Sri Lanka, que na época do livro era conhecida por Ceilão, ao encontro do pai que trabalha lá. A autora descreve os lugares, o dia a dia das pessoas, suas personalidade e comportamento de uma maneira tão detalhada e gostosa, que eu me vi envolvida na estória, me alegrando e sofrendo com Judith, a menina protagonista da estória. A estória se passa na Cornualha, que a autora faz parecer um verdadeiro paraiso. Judith é praticamente adotada pela familia de sua melhor amiga, que a apresentam a um mundo de amor familiar, ambientes glamurosos, uma verdadeira vida encantada.


Rachel´s Holiday - Mariam Keynes

Peguei este livro 'emprestado' do hotel em Hanói, pois eu estava sem livro para continuar a viagem. As opções em inglês eram limitadas, então a autora Marian Keyes é uma referência em livros light, gostosos de ler, sem muito compromisso. E assim foi, uma trama interessante de uma menina / mulher que tenta se livrar do vício da cocaína e que tem como incentivo uma melhor amiga e um namorado maravilhoso. O livro prende a atenção.











Musashi, As Duas Forças * A Harmonia Final, Eiji Yoshikawa

Este é o último livro da trilogia Musashi, a obra literária mais vendida da história do Japão. Eu já tinha comentado os 2 iniciais no meu primeiro post de Livros em 24/julho/2011. O autor não perde o ritmo, e nos descreve um Japão de templos, monges e cenários lindos, onde o herói Musashi se exila para se aprimorar no "caminho da espada". Também nos mostra o acelerado desenvolvimento de Edo, que viria a se tornar a frenética Tóquio. E no duelo entre a técnica e a evolução espiritual, o autor Eiji Yoshikawa nos mostra que nada supera a espiritualidade e a nobreza de espírito. Livro fascinante que nos traz um pouco da bela cultura Asiática.


Estado de Graça - Ann Patchett

Uma cientista é patrocinada por uma empresa farmacêutica norte-americana para desenvolver um remédio na floresta Amazônica. Esta cientista descobriu que mulheres de uma tribo que mascam a cásca de uma árvore engravidam saudavelmente até os 70 anos. A trama prende a atenção pela personalidade forte da cientista e pelo estória que se desenvolve quando um colega do laboratório dos EUA é dado por morto ao vir investigar o andamento das pesquisas da cientista.

quarta-feira, 3 de julho de 2013

Hói An



Hoi An fica na Costa Central do Vietnã, banhada pelo mar do sul da China. É uma pequena cidade de 120.000 habitantes, e é reconhecida pela UNESCO como Patrimônio Mundial da Humanidade. O centro histórico de Hói An é um exemplo excepcional de preservação de arquitetura da época que foi fundada. A cidadezinha é toda linda, mas estava um calor incrível. 

O que eu mais gostei mesmo, foi da praia linda que ficava a menos de 10 minutos de carro do nosso hotel, que era no centro histórico.

Ficamos no Hói An Historical Hotel. Um hotel ótimo onde a gente tomou o melhor café da manhã da viagem, em um jardim, sob umas árvores gigantescas.O hotel tinha um transfer gratuito para a praia que foi super útil.

Passeando pelo Centro Histórico de Hói An.



 Passeando à noite por Hói An. A cidade é toda iluminada por luminárias super charmosas.



Adorei essa praia. O mar é uma delícia para nadar, um espelho, temperatura ideal. E essas espreguiçadeiras e meu livro formaram um par perfeito, que no final de tarde era coroado por uma cervejinha.



No centrinho histórico. Suando.



Este foi mais um projeto muito legal que conhecemos. Todos que trabalham neste restaurante são jovens adultos menos favorecidos que se formaram em um centro de treinamento apoiado por uma ong.

terça-feira, 2 de julho de 2013

Halong Bay



A Baía de Ha Long (em português:"Onde o Dragão entra no Oceano"), com cerca de 3.000 ilhotas de calcário que se elevam das águas, é a mais conhecida baía do Vietnã. A maior parte das ilhas não é habitada nem afetada pela presença humana. O visual é incrível, pois as ilhas são bem altas. As ilhas têm um número infinito de praias, grutas e cavernas. De acordo com a lenda, quando um grande dragão que vivia nas montanhas correu até ao mar, a sua cauda cavou vales que mais tarde foram enchidos com água, deixando apenas pedaços de terra na superficie, ou seja, as inúmeras ilhas que se avistam na baía. A Baía de Ha Long foi declarada Património Mundial da UNESCO em 1993.

A nossa viagem de barco para Halong Bay estava marcada desde antes de sairmos do Brasil, seria um ponto alto da viagem, desde que um casal de amigos que havia acabado de voltar daqui falou que era imperdível, e nos deu o site do barco (http://www.indochinasails.com/ ). Meu primeiro pensamento, foi que nunca poderia pagar por uma viagem naquele tipo de barco. Qual não foi minha surpresa ao receber o email de resposta com o valor! O valor para 3 dias com tudo incluído, transfer, 3 refeições, passeios como caiaque, trilhas, etc, era o preço de 2 diárias de qualquer bom hotel sem serviço nenhum. Reservamos o passeios pela empresa http://halongsapatours.com/ . Serviço impecável, ótimo atendimento, extrema confiança. Até quando tive problemas com meus 2 cartões de crédito ao mesmo tempo, eles me ajudaram de uma tal forma que vou ter que repensar os serviços da Brazil Trails quando eu voltar ao trabalho.

Uma van com ar-condicionado e muito confortável nos pegou em nosso hotel em Hanói às 7.30 hrs da manhã e lá fomos nós para 5 horas de transfer até o porto onde embarcamos no Indochina Sails. Equipe super atenciosa trabalhando no barco. Barco incrível, um luxo de somente 12 suítes. Só que ventava, e muito! O barco, apesar de enorme, balançava. E eu enjôo até quando nado no mar.... medo de enjoar e estragar a viagem! Mas em menos de 10 minutos navegando entramos na baía de Halong Bay e ali o mar parecia um espelho! E que visual! Subimos para o deck e demos início a 3 dias de um visual deslumbrante, refeições gourmet, passeios de caiaque até as vilas flutuantes, até cavernas, até praias paradisíacas, até criações de pérolas. Trilhas. Lindo demais, é uma viagem que eu acredito que agrada a todos os gostos. 


Visual de parte de Halong Bay depois de uma trilhinha.



Visual do barco enquanto navegávamos.



De caiaque passando pelas vilas flutuantes até uma praia deserta.



Já desembarcadas na ilha, rolou umas braçadas em um mar delicioso.



Paramos nesta ilha onde havia um centro de criação de pérolas. Vimos o trabalho todo deles, do cultivo das  ostras, até a colocação da substância em cada ostra, e o posterior recolhimento da pérola.



Estes chapéus são muito mais eficientes contra o calor do que qualquer boné, pois sobra um vão entre a cabeça e o bico do chapéu, que funciona como uma ventilação.  



 Hummmm delícia esses almoços. Acho que fiquei mal acostumada!




Mergulho de final de tarde. 6 metros de altura. Enquanto eu estava caindo,ainda deu tempo de pensar "não chega nunca"!



Fim de tarde nesta delícia de mar. Não tem preço.



Feliz!



Eu não saía deste deck. Nas duas noites, fiquei até tarde da noite ali vendo as estrelas. Caí no sono nestas espreguiçadeiras. 



 Visual depois de subir em outro mirante.

Ban Gioc Waterfall



As cachoeiras de Ban Gioc são a fronteira natural entre o Vietnã e a China. Metade da cachoeira pertence a cada país. A Lu tinha visto uma foto desta cachoeira quando ainda estávamos no Brasil, e realmente a foto era linda! Até então, eu nunca tinha ouvido falar neste lugar. 

Então como continuidade de nosso pacote que reservamos com a Ethnic Travel, partimos de nossa home stay em Ba Be Lake depois do almoço, e seguimos por uma estrada muito linda rumo a Cao Bang, que é a cidade próxima à cachoeira. Durante toda a viagem vimos um visual muito lindo das montanhas altíssimas e de arrozais. Chegamos já início de noite, e fomos direto para o Hotel Kieu Thanh Nguyet, que com seu ar-condicionado e camas ótimas foi uma agradável surpresa depois da homestay da noite anterior.
Instalamo-nos e já saímos para jantar.O restaurante local era a alguns passos de nosso hotel. Na hora percebemos que não estávamos em um lugar turístico, pois todo mundo olhava e apontava para a gente, sempre sorrindo.  Nossa primeira experiência em um restaurante local Vietnamita nada turístico foi ótima. Nos fundos do restaurante, todas as comidas ficam expostas como se fosse um pequeno buffet, você chega lá, aponta o que quer comer e informa quantas pessoas tem na mesa. Ou seja, todos na mesma comerão as mesmas comidas. Cervejinha na mão, nos deliciamos com aquele jantar. Provei de tudo, muito diferente, e muito saboroso. A comida é mais simples e mais gordurosa do que na Tailândia, mas mesmo assim muito boa!

No dia seguinte mais 2 horas de uma estrada linda, e chegamos à cachoeira. Maravilhosa!! Um calorão, e assim que deu, mesmo não tendo ninguém na água, nós nos jogamos naquela água geladinha e de lá não queríamos mais sair. Ficamos um tempão por ali curtindo, tive que tirar fotos da Lu com um monte de turistas Vietnamitas que a pegaram de jeito para sair nas fotos com eles. Fizemos um passeio em um barco-balsa. Depois lá fomos nós para mais um almoço delícia, e de lá para a caverna Nguom Ngao. O caminho para a caverna é lindo, e a caverna é muito legal.
Voltamos para nosso hotel, pedimos para a guia para repetirmos o mesmo restaurante. Na manhã seguinte, encaramos mais 6 horas de viagem de volta para Hanói

No restaurante local em Cao Bang quando chegamos na cidade.



Paisagem ao longa da estrada entre Cao Bang e Ban Gioc.



Os arrozais na beira das cachoeiras.



As próprias cachoeiras Ban Gioc. 



 A entrada da caverna.


No barco- balsa nas cachoeiras.



 Paisagem ao longo do caminho de volta.