sábado, 23 de junho de 2012


Irlanda – Bike Trip

Definitivamente essa viagem de bike foi a melhor pedida, acho que de nenhum outro modo eu teria conhecido tantos vilarejos, curtido tanto a paisagem, interagido com a cultura local! Os lugares que passamos foram incrivelmente lindos. A Irlanda é extremamente verde, pois chove muito aqui, e a vegetação, que também é Mata Atlântica!, cresce e floresce por todo lado. O roteiro foi pelo sudoeste da Irlanda. Cidades pequenas, às vezes tão pequenas, que não dava nem para chamar de vila. Mas todas com pousadinhas aconchegantes, restaurantes que servem comida maravilhosa e pubs com Guiness e música ao vivo! Quase todo bar tem musica ao vivo. A cultura irlandesa é super valorizada por aqui. Os cantores nos pubs geralmente são também “story tellers”, contadores de estória, e acaba virando um ambiente super interativo, demais! 

Cheguei por Dublin, e já peguei o primeiro ônibus para Cork City, o ponto de partida da viagem. Depois de 4 horas de viagem o ônibus nos deixou no meio de uma avenida que beira o Rio Leiff, sob chuva e vendaval. Quem tem boca vai a Roma, e ignorando a chuva, e perguntando muito, caminhei até um ponto de ônibus local, mais perguntas, sotaque difícil de entender e consegui descer na frente da pousada que eu tinha reservado, Garnish House. Delícia, chá quente e cookies de chegada, hospitalidade irlandesa. Logo de cara conheci um grupo de 10 Californianos que iam fazer uma rota parecida com a minha, e combinamos de pedalar juntos no dia seguinte. 

Deve ter sido algum anjo da guarda que colocou esse povo no meu caminho, porque no primeiro dia, ao receber o detalhamento do caminho, eu pensei de onde eu achei que ia conseguir pedalar 67 km em um dia por muitas subidas e descidas, e ainda ter que me entender com um mapa de caminhos sem nome de rua, entre outras dificuldades. E assim mais todos os outros dias... O pedal foi muito mais puxado do que eu imaginava. O companheirismo, tentar entender mapas juntos, dar força, dividir barrinhas, contar piada, se perder e se achar, tudo foi essencial para conseguir chegar no final. E no final acabou que acabei pedalando com eles todos os dias. Just loved it!

Final do primeiro dia de pedal.
 Este local é Gougana Barra, o primeiro Parque Nacional criado na Irlanda. Lugar maravilhoso. Para chegar até lá, foram muitas subidas e descidas por um cenário deslumbrante!

Os Californians que conheci logo no primeiro dia de pedal. Parceria.



Nada como uma Guiness para repor as energias, delícia!!



Igrejinha na beira do lago. Cenário de filme.


No segundo dia, pedalamos de Gougana Barra para Ahakista, foram 'só' 43 kms, mas no final teve uma subida fortíssima. Este dia chegamos na praia. E a cidade onde ficamos, era minúscula, mas teve o pub mais marcante até agora. Um cantor incrível, muitas Guiness, maior astral.

Para que lado eu vou???


Primeira vista do mar.



Cheers!

No terceiro dia pedalamos de Ahakista para Baltimore. Pedal tranquilo hoje, 36 km, mas meu joelho doeu da subidona de ontem, tive que subir na van uns trechos. Baltimore é linda, uma cidade na costa, demos uma super sorte com o tempo. O quarto dia foi day free, e fomos de barco para uma ilha, alem de caminhar até um farol (foi ótimo usar outros músculos!), e curtirmos o dia, que só escurece às 11 da noite!

Baltimore



Na ilha


Almoço na ilha. Ahhhhh férias, tudo de bom!!!
 

Baltimore.

No quinto dia, o pedal foi de Baltimore para Clonakilty. Puxado, 58 km. Pedalmos por estradinhas super calmas, bucólicas, até um lago lindo o Lake Ine, onde almoçamos. De lá, mais estradinhas tranquilias de deliciosas de pedalar até Clonakilty. No trajeto, ainda paramos em um sitio arqueológico de 3 mil anos.

From town to town.


Sítio arqueológico. Solstício de inverno.


Parece que o baterista do Jimi Hendrix tocou por aqui.

No sexto e último dia de pedal, fomos de Clonakilty para Kinsale. Foram 50 km de pedal bem tranquilo.  Kinsale é o balneário mais baladalado por aqui. Ruazinhas lindas e coloridas, muitos barcos, lojas, um restaurante delicious e um pub com um show inacreditável!

Streets.


Pub.


Showzinho intimista sensacional!

quinta-feira, 14 de junho de 2012

Paris parte I


Paris parte I já era, as férias voam! Eu achei que Paris ia ser só uma etapa “em transito” da trip, mas essa cidade é realmente incrível. Apesar de eu não ser muito urbana, e não costumar gostar de grandes cidades, tenho que admitir que é uma delícia simplesmente andar por aqui, literalmente ser turista. A cidade é um museu a ceu aberto, arte para todo lado, Rodin exposto em plena praça pública, exposição de Degas a menos de 5 minutos,  uma infinidade de Van Goghs e Monets no mesmo pacote do Degas, e tropecei na Sorbonne ao procurar um supermercado aqui perto do hotel para comprar água. A dica do super blog de viagens Escapismo Genuíno , me recomendando o Quartier Latin, foi fundamental para a escolha de meu hotel, que apesar de simples, é um ótimo custo-benefício pela localização. Para quem gosta de caminhar, dá para fazer 90% dos principais atrativos a pé. O Hotel Du Mont Blanc fica bem no coração do Quartier Latin, e na mesma rua há inúmeros bares e restaurantes. 


Simplesmente sendo turista. Sorvete Bertillon à beira do Rio Sena.
Os meus 3 dias de Paris foram super intensos, mas não deram nem para fazer o básico dos atrativos, talvez pelo fato de eu ter optado por me perder caminhando por bairros super charmosos, como o próprio Quartier Latin, Saint Germain De Prés, e a maior descoberta de todas, o Marais, como pode ser tão fascinante?! 
Entre os "must do", já tenho inúmeros favoritos. O Museu D´Orsay é lindíssimo. Alem de tudo de lindo que há lá dentro, a construção em si é maravilhosa, uma antiga estação de trem que foi transformada em museu.

Ponte sobre o Sena.

Vale ainda um passeio por Montmartre, o bairro alto dos artistas de rua onde fica a Sacre-Coeur.
A região da Bastilha, onde fica o Pompidou, que aliás uauuuuuuu o Pompidou, imperdível!!! , também ferve.
Uma sugestão imperdível do Escapismo Genuíno, para quem gosta de ler, é a livraria Shakespeare & Co. Eu já tinha passado por várias livrarias aqui, mas esta é a única com quase a totalidade dos títulos em inglês, e uma seção de livros asiáticos, africanos e mesmo latino-americanos, que eu nunca vi em outro lugar. Subindo a escadaria, há uma sala improvisada com sessões de piano e sarau. Dei a sorte de estar por lá no início de uma apresentação, e foi demais! 

Exposição Degas no D´Orsay, com direto às Bailarinas.

 Adorei também fazer longas caminhadas ao longo do Rio Sena. Não consigo acreditar neste rio tão verdinho e caudaloso cortando esta metrópole. Só de lembrar que há 1 mês pedalei na ciclovia em Sampa que beira o Rio Pinheiros,  e lá a sujeira e cheiro são companhia constante. 
Como nem tudo são flores, há de se ter muita atenção com os pick pockets. No segundo dia, meu cartão de crédito simplesmente sumiu do bolso interno da minha jaqueta. Não vi nada, mistério total, fui procurar e  não estava mais lá.  


Museu D´Orsay, antiga estação de trem. Lindo.

Amanhã, dia 15, voarei para Dublin. A tal Ryan Air, que tem os vôos mais baratos, sai do aeroporto de Paris Beauvais. Ninguém sabia me informar como chegar lá. Acabei descobrindo que fica a 80 km de Paris, e que o melhor jeito de ir de Paris a Beauvais leva simplesmente 3 horas, metrô + ônibus, ou seja, o dia vai ser longo.
Livraria Shakespeare & Co.


O melhor Falafel de Paris. No Marais. Não resisti quando vi várias pessoas passando com um falafel   na mão. 
Pompidou. Incrível, apaixonante.

Por ali.