domingo, 23 de junho de 2013

Siem Reap & Angkor Wat



Voamos de Krabi, sul da Tailândia para Siem Reap. Pegamos o visto no aeroporto, custa USD 20 / pessoa, e foi bem tranqüilo.

Do avião, o Camboja parece todo uma densa floresta tropical, muito verde, lindo!  Ao sair do aeroporto, na hora vi que o Camboja era o começo do que eu esperava da Ásia. A Tailândia então me pareceu a Suíça da Ásia!

Pela fama e por ter aeroporto internacional, eu imaginava que Siem Reap fosse uma cidade grande. Mas não é.  É um vilarejo que cresceu muito nos últimos 10 anos, que foi quando Angkor Wat se consolidou como destino mundial de turismo.

 Hospedamo-nos no Le Tigre, um hotel boutique charmoso, gostoso, francês, com um jardim lindo, piscina  e bem localizado, que não era no meio da muvuca, mas menos de 10 minutos à pé até lá.

O centrinho de Siem Reap é uma bagunça de tuk-tuks, massagens nas ruas, restaurantes, mil lojinhas, bares com música alta. 
Em Siem Reap, é fácil sentir, ver e ouvir a herança que a colonização francesa deixou. Até hoje há uma grande colônia de franceses morando lá.
A sensação de segurança é uma delícia. Voltávamos à noite pela nossa rua escura tranquilamente. Ninguém nem aí com a gente.

Como a enorme maioria de turista de primeira viagem ao Camboja, nos hospedamos em Siem Reap para conhecer Angkor Wat, o famoso conjunto de templos que é patrimônio da UNESCO. O complexo é maior do que qualquer coisa que eu pudesse ter imaginado, ocupa 125 mil km2! Há muitos templos maravilhosos e impressionantes, muitos invadidos pela selva (aqui também o visual de floresta tropical, lembrando muito a Amazônia), um lago gigantesco, muitos restaurantes que parecem aqueles assentamentos que vemos nos filmes da Ásia. E muitos tuks-tuks com turistas.

Ao comentar com o gerente do hotel que eu adoraria desvendar Angkor Wat de bike, ele me recomendou a Camouflage Adventure Cambodia, que alem de ter ótimos roteiros, tinha ótimas bikes e guias competentes. Então lá fomos nós.

O tuk-tuk pode não ser o transporte ideal para a poluída Bangkok, mas aqui em Siem Reap com suas ruas tranquilas e sem trânsito, era ideal. Este foi o nosso transfer do aeroporto para o hotel.



 No meio da muvuca do centrinho de Siem Reap, havia algumas ruas calmas de pedestre como estas. Verdadeiros oásis, com restaurantes, lojinhas, bares. Uma delícia passear e tomar uma cervejinha por ali.


 Este era o nosso hotel, o Le Tigre. Super recomendo. Além de tudo, um café da manhã delicioso!



Para entrar no complexo de Angkor Wat, é preciso comprar estas entradas, e apresentá-las na entrada de cada templo ou ruína.



                                                       Em trânsito entre um templo e outro.



                                                Na frente do próprio templo de Angkor.



                                Em alguns lugares não podia entrar de bike, aí íamos a pé mesmo.



Esta é a ruína onde a Angelina Jolie filmou Tomb Raider. Descobri isso lá, pois obviamente não assisti o filme.



Aqui um monge gravando um restaurador cantar. Muitas ruínas estão em pleno momento de recuperação e restauração. Em todo lado há placas de doações feitas principalmente pelos EUA e Japão.



Estas várias faces do Rei, eram para retratar suas várias virtudes, como inteligência, estrategista, discernimento, etc.
Atualmente há muitas esculturas sem cabeça ou mesmo totalmente destruídas. Isto se deve tanto às invasões e guerras contra a Tailandia, assim como quando da guerra civil, época em que o Khmer Rouge espalhou o terror pelo Camboja.



                                Que lindo chegarmos nestas ruínas sendo abraçadas pela floresta!


                                   Árvores seculares. As ruínas são dos séculos XI ao XV.



Os restaurantes onde paramos para comer. A comida era uma delícia! A comida no Camboja ao invés de se chamar 'comida cambojana' ou algo assim, se chama 'comida Khmer'.











Este dia não fui pedalar para Angkor, resolvi dar um tempo dos templos, e fui pedalar com um casal de ingleses que havia conhecido uns dias antes e uns australianos. Logo que saímos de Siem Reap, a cidade é tão pequena que some rapidamente. Em menos de 10 minutos fora da cidade, nos deparamos com esta celebração, onde um noviço estava se tornando monge. Tinha música, incensos, comida, alto astral.



                               Este era um mercado de rua em uma das vilas por onde passamos.



A grande maioria das famílias Cambojanas cultiva o seu próprio arroz. Assim como na Tailandia e no Vietnã, o arroz é a base da alimentação. Nesta foto, o processo de secagem do arroz para ser estocado e depois consumido.



                                                  Esta grama bem verdinha é um arrozal.



Praticamente o caminho todo foi em estrada de terra beirando arrozais. Delícia!



B-a-r-a-t-a-s ao alho e óleo! E ainda queriam me convencer que era crocante e ideal de petisco com uma  cervejinha. Socorro!



Haven Cambodia. Esse é um projeto incrível de um casal de Suíços que viajando pela Ásia, se apaixonaram pelo Camboja. Fizeram trabalho voluntário em um orfanato, mas viram que quando as crianças estavam em idade de sair do orfanato, não tinham para onde ir, nem nenhuma habilidade para trabalhar. Então criaram este projeto. É um restaurante que ao mesmo tempo é um centro de treinamento para jovens órfãos, semi-órfãos ou abandonados. Eles aprendem várias atividades. Fui lá jantar um dia, e voltei no dia seguinte para almoçar. A comida é maravilhosa, o ambiente uma delícia, e os Suíços super anfitriões.


Este é outro restaurante ótimo, um verdadeiro achado no caos gastronômico de Siem Reap.  Eles também apoiam um orfanato. Há muitos orfanatos no Camboja, pois a guerra civil terminou muito recentemente.


A Tailândia é famosa por suas sedas, mas foi no Camboja que vimos as sedas mais lindas, verdadeiramente artesanais, e de cores incríveis. A Khmer Artisanary, onde comprei estas sedas, desenvolve um projeto incrível com um resultado lindo. Emprega 1300 mulheres nas áreas rurais do Camboja, que é muito pobre, preservando deste modo a cultura artesanal Khmer do Camboja, e propiciando uma vida melhor a elas. O resultado, que são as sedas e artesanato no geral, são os mais lindos que vi ao longo desta viagem.



Comemorando os pedais, as descobertas, as férias!

quarta-feira, 19 de junho de 2013

Railay Beach



Desde que me mudei da selva de pedra paulistana para a Floripa, nunca mais meu foco de férias foram praias. Mas as fotos e a fama das praias na Tailândia, assim como o fato de estar viajando com uma amiga que mora em Sampa, fizeram com que reservássemos 8 dias para as praias Tailandesas. 
Seriam 4 dias em Railay Beach, no Oceano Índico, e 4 dias em Koh Tao, no Golfo da Tailândia.

Então embarcamos em Chiang Mae para uma rápida troca de vôos em Bangkok, e de lá para Krabi. Nosso destino, Railay Beach, era a praia mais afastada e mais roots de Krabi, justamente aquela onde muitas fotos das propagandas da Tailandia são tiradas. É também conhecida por ser a praia dos escaladores, pois as praias são cercadas de rochedos altíssimos.

Ignorando todas as previsões do tempo sobre a chegada das monções à Tailandia, mantivemos os planos. Chegamos em Krabi sob chuva. De Krabi, foram 40 minutos de carro, e depois 15 minutos de barco até chegarmos ao nosso destino, o Railay Beach & Spa Resort, que tem a posição mais privilegiada no local, sendo de frente para a praia maravilhosa de Railay West, e atravessando a península e indo até o lado leste, onde tinha saída para a outra beira-mar, que é onde estão os bares, restaurantes, lojas, etc.

Foram 4 dias seguidos de chuvas torrenciais e um vendaval que fez o vento sul de Floripa parecer uma brisa. Para mim até que estava bom, pois foram nossos primeiros dias sossegados depois de um turismo intenso pela Tailândia. Fiz yoga todos os dias, e como eu gosto de praia até com chuva, rolaram caminhadas e muitos mergulhos em um mar delicioso. Só que não deu para fazer os passeios para os locais famosos, como Phi Phi Island e outros. E depois de 4 dias de chuva.... resolvemos cancelar os 4 dias seguintes que seriam em Koh Tao, que é uma ilha que fica a 5 horas de barco da costa... imagina só sacolejar naquela tempestade por 5 horas!!

                                      Esta é a praia bem de frente para o nosso hotel.


Aqui o nosso quarto. Por conta da chuva, foi o único quarto da viagem até agora onde passamos um certo tempo. Rolou até filme no dvd.  Tinha uma varanda enorme, que era onde eu fazia o meu yoga matinal, para chegar no café da manhã feliz.



                                   Aqui é Railay East (leste), a parte dos fundos do hotel.



                           Este era o caminho-caverna para se chegar na linda praia seguinte.



Esta era a praia seguinte, famosa entre os escaladores. Um visual lindo, paredes rochosas e mar cristalino. 



                           Pad-Thai de frutos  do mar com farofa de castanha do caju. Dia sim-outro-também. 




A política de sustentabilidade da região é surpreendente. Apesar de ser afastada de tudo, o esgoto é todo tratado, o lixo é reciclado.



                            Barquinhos indo e vindo na praia eram uma constante na paisagem.


segunda-feira, 17 de junho de 2013

Pai



Pai foi um lugar que 2 grandes amigos me recomendaram, mas não me falaram o que havia de bom para fazer por lá. Até procurei no Google, mas não achei muita informação. Como recomendações de tão amigos assim a gente não desconsidera, lá fomos nós de mini-van a partir de Chiang Mae para Pai, que fica bem ao norte da Tailândia, quase na fronteira com Myanmar, e tem apenas 2000 habitantes. 

Foram 80 km de uma estrada maravilhosa até lá. Parecia a Serra de Taubaté, mas o tempo todo com aquelas curvas fechadas e uma vegetação exuberante, paisagens lindas, e estrada boa. 

Chegando em Pai, logo percebi o porque das recomendações. Não precisa haver nada de especial para se fazer em Pai. O vilarejo de Pai em si já é muito especial. Me lembrou muito o centrinho da Praia do Rosa, mas ainda mais charmoso, os restaurantes, cafés, bares super descolados, e tudo rodeado de montanhosas altíssimas e maravilhosas!

                            Descendo o Rio Pai de bóia com um sol fervendo na cabeça, cada uma....



Ficamos nesta pousada que foi um verdadeiro achado. O preço era tão bom, que a gente desconfiou, mas os depoimentos dos viajantes eram muito bons. Então resolvemos arriscar. Os quartos eram ótimos, uma piscina deliciosa onde a gente ficava horas no final do dia ( até então, todos os hotéis onde a gente ficou tinha piscina, mas não tínhamos entrado em nenhuma.). E era a 2 minutos da rua principal da cidade.


Teve uma manhã que a gente saiu para dar uma caminhada, e gostou tanto, que voltou à tarde de bike, para poder ir mais longe e curtir mais. Foi uma delícia!



Esta é a rua principal. Vários restaurantes e cafés deliciosos, e várias agências vendendo todo tipo de passeio.


 As frutas na Tailandia são deliciosas. E todo lugar vende um saquinho com frutas já descascadas. Então toda hora eu comprava esse saquinho de abacaxi e comia no palito. Substituto de habitual pão de queijo.

sábado, 15 de junho de 2013

Chiang Mae



Chiang Mae é uma cidade grande 1.600.000 habitantes, é a segunda maior cidade da Tailandia, mas tem astral de cidade pequena. É considerada a capital cultural do norte da Tailandia. Adorei esta cidade. Ao mesmo tempo que mostra em todos os seus detalhes que estamos na Tailandia (mais de 300 templos, tuk-tuk, comida Thai, povo incrível), é muito mais tranquila que Bangkok e uma delícia de simplesmente passear por aqui.

Ficamos em um hotel na cidade antiga, o Buri Gallery House. Muito bem localizado, de onde íamos à pé para todo lado, descobrindo novos restaurantes, templos, artesanato, mil coisas. Ao chegar no hotel, já planejamos nossas atividades que tanto queríamos fazer no dia seguinte: a Lu queria ir andar de elefante, e eu estava louca para pedalar pela floresta tropical local, já que tinha ouvido falar que Chiang Mae  é ótimo para isso. E realmente nós duas ficamos super felizes com nossas escolhas.
Já emendei o pedal com 2 horas de massagem, que foi ideal para meus músculos super doloridos, e depois um jantar Thai em um restaurante contemporâneo que foi delícia!

De Chang Mae, fomos para Pai, e de lá tivemos que voltar para Chang Mae para poder pegar o avião para Krabi. Nesta segunda vez, ficamos só 1 dia em Chiang Mae. Nos hospedamos no Hotel At Chiang Mae,também na cidade antiga, mas em outro local, que parecia totalmente diferente da localização que ficamos antes. Este hotel era ótimo, num local muito mais animado. Resolvemos ir conhecer o famoso “Night Market”, que curiosamente também abre de dia, e foi uma perdição! Várias comprinhas de roupas legais, e principalmente de bijuterias de prata e pedras, tudo tão lindo!

 Esta é a entrada do templo mais famoso da cidade, Wo Suthep. Fica no topo de uma montanha, e tem uma escadaria infindável para chegar lá em cima. No canto direito da foto, uma menininha em trajes típicos que brincava por ali.



Este é o amigo da menininha da foto anterior. Eles são irresistíveis com essas bochechas tão redondas e roupinhas lindas!



Haja dourado!! Aqui já é dentro do espaço do templo, onde há monastérios, diversos templos, e muitos Budas.


Este foi o Buda que mais gostei, e a Lu logo falou que era só porque ele não era dourado. Mas alem disso, adoro essa posição das mãos dele e o sorriso.



No dia seguinte, a Lu foi se divertir com os elefantes. Dar banho, montar, alimentar. Ela deu tanta comida para este baby, que ele retribuiu com o abraço!



Enquanto ela montava elefante, eu fui fazer o meu downhill de bike. Detalhe dos protetores de braços e pernas que eu nunca havia usado antes. Depois do meu primeiro tombo, eu entendi o motivo de ser obrigatório usá-los.



A floresta tropical na Tailandia é muito parecida com nossa Mata Atlântica. Muitas bananeiras de todo jeito, flores lindas, e muito verde.



No início do downhill, logo após a fase de teste para ver para que nivel de trilha desceríamos, paramos em uma pequena fazenda de café. Ali nos serviram café feitos com os grãos colhidos ali mesmo. Café delícia, ótima fonte de energia e um visual do alto da montanha deslumbrante! Nesta foto, um casal de Malasia, muito gente boa, e nosso guia biker, o Kuhn, que foi sensacional. Recomendo muito esta empresa, a Chiang Mae Mountain Bike. Fui a primeira cliente brasileira deles!