terça-feira, 11 de junho de 2013

Bangkok



Uma longa viagem de 34 horas em trânsito, e finalmente.... Bangkok! A cidade  é uma loucura. A primeira impressão ao chegar é que nunca iria conseguir me entender ali... todas  as placas naquela escrita que mais parecem hieróglifos, não dá para entender nem os números! Mas as pessoas na rua são incrivelmente solícitas, coisa que eu nunca esperaria de uma cidade que anda naquele ritmo. Nem todos falam inglês, mas mesmo assim tentam se comunicar em Tailandês conosco. Quando finalmente encontrava alguém que falava inglês, a pessoa invariavelmente pergunta de onde somos, e ao ouvir Brasil, abrem um grande sorriso, falam que adoram futebol, e que vão torcer pelo Brasil na copa.
Pela primeira vez na vida contratei um guia em uma viagem. Mas é um guia que funciona como um amigo local. Fizemos todos os passeios de transporte publico, barco, metrô, trem de superfície, tuk-tuk, e muita , mas muita caminhada. O transporte fluvial funciona muito bem, é constante, e uma ótima alternativa ao trânsito caótico da cidade. As pessoas dirigem em todas as direções e até agora não entendo como se entendem ali! Recomendo muito este guia, o Joker, da Yourthaiguide.com. Fala inglês super bem, e nos explicava coisas fantásticas da cultura do país e do Budismo, que para mim foi uma experiência nova que me surpreendeu e adorei.

Contrariando minhas expectativas, Bangkok é uma cidade muito verde. Tem partes dela que são invadidas pela floresta, e às vezes me lembrava a Floresta Amazônica, outras a mata do litoral paulista - carioca. Além disso, a enorme maioria das casas tem muitos vasos caprichados com flores e horta nas suas portas.

A comida Tailandesa local é um capítulo a parte na viagem! Eu já tinha lido que a comida de rua de Bangkok era uma das melhores do mundo, e realmente, da comida de rua, a restaurantes locais e restaurantes badalados, a comida sempre é maravilhosa, exótica e muito saborosa! 

O que mais me surpreendeu foi o povo. Eu nunca tinha ido a um país budista. Todas as casas, mesmo as mais simples, assim como hotéis, restaurantes, tem um pequeno altar sempre lindo e delicado na entrada. As pessoas são extremamente sorridentes, educadas, pacientes e tranquilas.



Ok, andar de tuk-tuk é obrigatório quando se visita a Tailândia pela primeira vez, mas não é o melhor transporte para a cidade, pois a poluição é tão grande, que em poucos minutos eu já me sentia sufocada! Fora isso, não tem taximetro como os taxis normais, então é sempre aquele lenga-lenga até se chegar a um valor com o motorista. 


  A Lu, o Joker e eu na entrada do Templo do Buda de Ouro, com nossas pernas e braços devidamente cobertos.


Este Buda é de ouro maciço, pesa 5,5 toneladas, veio de Laos,e é a maior estátua de ouro maciço do mundo. Tem 3 metros de altura.





Na ferroviária de Bangkok às 6 hrs da manhã. Pagamos o maior mico! Chegamos falando sem parar, super distraídas, de shorts, e nos sentamos em uma ala que estava cercada. E ainda comentamos como havia tantos monges ali. No minuto seguinte veio um guarda nos pedir para sair dali que era área reservada para os monges....


Este templo, o do Amanhecer, tinha as suas enormes paredes todas ornamentadas do lado de fora por estas esculturas. As flores das esculturas de todas as paredes são xícaras minuciosamente quebradas. O então rei da Tailandia, ganhou milhares de xícaras de mercadores Chineses. Como ele já tinha muitas xícaras, quebrou todos os presentes para decorar este templo do Sol Nascente (Wat Arun).



Aqui o templo do  Amanhecer visto de nosso meio de transporte favorito, o barco. Este foi o primeiro templo fundado em Bangkok, quando a cidade foi fundada, na ocasião em que os Tailandeses fugiam dos Burmeses que atacaram Ayutthaya, capital anterior da Tailandia. 
Subindo os muuuuitos degraus do templo para ver a vista da cidade.



Estas são as paredes externas do Templo do Buda de Esmeralda. É tudo pintado à mão! São infinitos detalhes, muito lindos e de um capricho inigualável. Não pudemos tirar fotos dentro do templo.



                                                                     Os monges estão por toda parte.


Aqui estou em um barco-ônibus no Rio Baan Chao Praya que corta a cidade de Bangkok. Os barquinhos são lindos e super agradável curtir a brisa naquele calor.



Seguindo a tradição no templo do Buda Deitado (Wat Pho). Cada  moedinha em uma cuia é um desejo. Foram 200 moedinhas!


 Este é o Buda Deitado. Tem 46 metros de comprimento e 15 metros de altura, e é todo folheado a ouro. As paredes internas do templo são maravilhosamente pintadas à mão, são tantos detalhes que é inacreditável!




 Vendedora no mercado flutuante. Nos disseram que Bangkok é a Veneza do Oriente. A cidade é cortada por um grande rio, muito caudaloso, e dele partem vários canais, onde há muitas casas, das mais simples até sofisticadas. E estes vendedores se aproximam dos barcos de passeio e de transporte para vender seus produtos. São bem profissionais, vendem de souvenirs até cerveja gelada!


 Estas roupas "lindas" foram os trajes obrigatório que tivemos que alugar, pois para entrar no Grand Palace, não podemos mostrar nem os ombros nem as pernas. O Grand Palace é um conjunto enorme de palácio, templos, monastério, escolas. Até hoje a família real mora lá, menos o Rei e a Rainha (que por sinal são adorados pelos Tailandeses), que tem 84 anos e hoje moram no hospital.


Comida de rua em Bangkok.No início achei que era loucura e nunca iria encarar, mas depois de 3 dias....


No bar do Sirocco, lugar famoso na cidade para uma linda  vista noturna. Desnecessário dizer que a Lu só me arrastou para lá poque ficava a meio quarteirão de nosso hotel.


A maioria dos templos e algumas casas tem estas flores de lótus na entrada. São tão lindas! Estas flores estavam na entrada do Jean Thompson House, a casa onde morou o americano que divulgou a seda Tailandesa para o mundo.


Este da foto é o hotel onde nos hospedamos em Bangkok, o Sirlon Center Point. Gostei muito, quartos enormes, ótima localização, bom serviço. Recomendo.


Na nossa primeira noite fomos jantar neste complexo de restaurantes. Indo e voltando de barquinho à noite, delícia!

quinta-feira, 18 de abril de 2013

Mais alguns livros...

Aqui um breve resumo dos últimos livros que li. Conforme sigo lendo os livros mais variados, mais eu constato que há 2 gêneros de livros que me atraem muito mais do que todo o resto: os romances históricos, e os que relatam fatos reais.

 A Mulher do Viajante no Tempo - Audrey Niffenegger

O livro é incrível: retrata a vida de um casal, Henry e Clare, em diferentes tempos, pois o marido tem uma rara condição genética que o faz viajar no tempo involuntariamente, tanto para o passado, quanto para o futuro, de modo que ao longo da vida de sua esposa, ele teve inúmeras idades. É delicioso de ler, prende muito a atenção, e nos faz refletir sobre como a vida é realmente feita de momentos, instantes.



@mor - Daniel Glattauer

O livro é gostosinho de ler. Às vezes prende a atenção, muitas vezes se repete, acaba cansando. Trata-se de uma conversa por email entre uma mulher e um homem que não se conhecem pessoalmente, onde é facil visualizar um joguinho de manipulação. É um livro bem para não pensar em nada, dar umas risadas, ler na praia. 
 
Inverno do Mundo - Ken Follet

É um livro que eu não queria que tivesse acabado de jeito nenhum! Dá vontade de continuar lendo mais e mais. Este livro é a continuação de Queda de Gigantes. Conta a história a partir do final da primeira guerra mundial, até o final da segunda guerra mundial. Mas conta de um jeito diferente de tudo o que eu tinha lido até agora. Do mesmo jeito que o livro anterior, conta a partir da perspectiva da vida de 5 familias de 5 países diferentes, cujos destinos vão se cruzando ao longo do livro. Então alem de contar a parte histórica de um jeito super interessante de ler, conta também como a guerra afetou e até mudou o jeito de ser destas pessoas. Super interessante!



Carcereiros - Drauzio Varella

Pelo título, e pelo o que o tema se propões, eu achei que não ia conseguir ler o livro todo. Raramente eu deixo de acabar de ler um livro que iniciei. Algumas vezes os livros se mostram desinteressantes, chatos mesmo no início, e eu persisto, em uma esperança que muitas vezes se torna vã, de lê-los até o final. As raras veze que desisti de algum livro, foi pelo fato do tema ser forte demais, muito cruel, sangrento, e eu realmente não conseguir prosseguir com a leitura. Achei que este livro seria um destes casos. Mas o Dr. Drauzio mais uma vez me surpreendeu. Eu nunca tinha lido nenhum livro dele, mas já era fã dele como apresentador dos programas de medicina e doenças, acho que ele tem um carisma enorme e uma grande capacidade de explicar assuntos complicados de uma forma interessante e simples. Neste livro, ele conta algumas histórias que se passaram com os carcereiros, nos anos em que ele foi médico voluntário no Carandiru. São histórias incríveis, que agora percebi serem de um mundo desconhecido e tão próximo a nós.  Mudou muito a minha visão sobre as pessoas que exercem esta atividade, os Carcereiros, e me apresentou o sub-mundo dos presídios de São Paulo.



Religião para Ateus - Alain de Botton

Apesar de se dizer não religioso, o autor aborda temas de várias religiões, surpreendentemente com muita frequencia temas católicos, de como vários aspectos da religião, são úteis se aplicados como somente regras e normas para o bem estar comunitário. A linha de pensamento seguida pelo autor condiz totalmente com minhas incapacidade de acreditar em milagres e de que as religiões existem para manter uma determinada ordem na sociedade, consolar tristezas, superar dificuldades. Mas o fato é que a forma de escrever do autor não conseguiu prender minha atenção. Ele tem argumentos interessantes e idéias válidas, mas a forma de pensamento muito abstrata, aliada a um tema filosófico, fizeram com que meus pensamentos fugissem para longe com frequencia.  Para minha surpresa, uma das fotos de página inteira neste livro, é uma foto idêntica a que tirei na Irlanda, em Gougana Barra, County Cork. É a foto de uma pequena igreja à beira de um lago, em um parque florestal. A paisagem é divina, linda, e o autor a menciona quando fala sobre a época de retiros em monastérios.

domingo, 24 de março de 2013

Yosemite, CA

Enquanto eu visitava a Tânia em Pleasenton, cidade vizinha a São Francisco, resolvemos viajar de carro e irmos até Yosemite e Lake Tahoe. Foi uma viagem incrível, com cenários belíssimos!

Este foi um restaurante em uma das cidadezinhas que passamos ao longo da estrada:



Esta foi a casa que alugamos dentro do Parque de Yosemite:



Painel ilustrativo das montanhas no parque. Yosemite é um paraíso para escalada, e base de treino para muitos que se arriscam no Everest:



Foto real das montanhas do parque:



Paisagem das trilhas que fazíamos:



 



Este lago é na estrada de Yosemite para Tahoe. É uma das fontes de abastecimento de água da cidade de Los Angeles:






São Francisco

São Francisco, CA



Fui para São Francisco na mesma viagem que fui para o Hawaii, em junho / julho 2009. A Tânia, minha super amiga estava morando em uma cidadezinha a uns 50 km de SanFran: Pleasanton, fui para lá visitá-la. A Califórnia era um sonho antigo, então minhas expectativas eram grandes. 

A cidade de São Francisco me deslumbrou: lembra muito a Europa, por ter um apelo cultural forte com seus shows, exposições, eventos em parques, e por as pessoas nas ruas terem um estilo bem descontraído. Ao mesmo tempo, tem o lado americano delicioso de que tudo funciona, a vida é boa e descomplicada, a uma visivel multiculturalidade. 

Eu e a Tânia em um mirante em São Francisco de onde se via a famosa Golden Gate:




Os "trams", ou bondinhos, são tanto um meio de transporte, quanto uma atração turística em São Francisco:



Esta é uma rua típica de SanFran: muitas subidas e descidas:



O famoso "Fishermen Wharf", onde fomos comer carangueijos e ver os leões marinhos:



Eu AMO os painéis gigantes do Diego Rivera!



Californian Highway:



Alcatraz, que me lembra Cliff Eastwood:



Muitas clicovias em SanFran:



The Mission, o bairro dos Latinos, achei-o o mais legal da cidade:



Riding a bike:



Amoeba, a fantástica loja de música em Height:



Domingo no parque Dolores:



Museu de Arte Moderna:



Balada no Museu de Ciências:



Frida Kahlo by Diego Rivera. Ele mesmo está ali atrás dela segurando as mãos de outra moça:



Restaurante  chinês delicioso:



Dicas imperdíveis em São Francisco:

  • ·         Parque Dolores;
  • ·         Atravessar a Golden Gate de bike até Salsalito, cidadezinha muito linda (dá para ir de carro também);
  • ·         Supermercados: Whole Foods e Trader Joes
  • ·         O bairro mais legal para passear: The Mission
  • ·         Bairro muito legal para visitar: Heights (onde a Janis Joplin morou)
  • ·         Bairro gay onde filmaram Milk: Castro
  • ·         Baladinha muito legal: Museu de História Natural. Tem DJs, bebida, dance. Começa as 5 da tarde e acaba 10 ou 11 pm. Dá para levar as kids e os papis.
  • ·         Eu amo a arte do Diego Rivera, e fui em vários lugares da cidade ver os painéis gigantes dele. Você deve achar no Google;
  • ·         Loja de artigos esportivos maravilhosa e bem barata: Sports Basement.


quarta-feira, 20 de março de 2013

Livros

 A Garota do Trombone - Antonio Skármeta

O livro parecia promissor, mas me desapontou muito, não conseguiu prender minha atenção, terminei somente porque tenho esta "mania" de ler os livros até o fim, sempre na esperança que pode ser que venham a melhorar. O romance se desenvolve em torno de uma adolescente rebelde que quer desafiar tudo, o sistema, e até mesmo o seu próprio nome e raízes, mas enquanto adolescente, é um tanto inconsequente nos meios que usa. Fraquinho.




 On the Road - Jack Kerouac

Eu tinha muita curiosidade em ler esse livro, tanto por ser um clássico, quanto pelo filme que foi lançado este ano, e ouvi dizer que o livro era melhor que o filme. O livro é bem gostoso de ler, prende a atenção. Acredito que virou um ícone, por contar a estória de uma juventude "vivida loucamente", coisa que muitos jovens gostariam de ter feito naquela época. Hoje é totalmente possível de qualquer um fazer as viagens que eles fizeram, a vida ficou muito mais acessível a todos, e infelizmente até perdeu o tom de 'descoberta' do livro. A vida louca que Sal, Dean e seus companheiros levavam no livro, é algo que a juventude de hoje pode fazer a qualquer hora.


 A Casa dos Budas Ditosos - João Ubaldo Ribeiro

Bom! Eu sou fã do Ubaldo, e esse livro tem seu lado muito legal, mas às vezes acho que ele exagera. Ele diz que o livro é baseado em manuscritos que ele recebeu, mas cá para mim tenho certeza que tudo saiu da imaginação dele, tem a cara dele! O livro é o relato da vida de uma senhora de 70 anos. E que vida! O relato é descrito como original e é muito provocador, fala de sexo do início ao fim, às vezes torna-se repetitivo e até vulgar, outras vezes assume um tom sincero e muito divertido de narrativa.




O Tempo Entre Costuras - María Dueñas

É um romance que me prendeu desde a primeira página, daqueles que é impossível desgrudar do livro, e a gente fica torcendo para o livro não acabar.  A estória começa em Madrid, e logo parte para o Marrocos, lugar que nunca pensei muito em conhecer. Mas ao ler o jeito que a escritora o descreve, paisagens, pessoas, aromas, comidas, cultura, cores, natureza, tive a certeza que quero conhecer este destino.  O romance em si é delicioso, instigador, com momentos de suspense. Fez eu me encantar com a protagonista, e torcer por ela. E desejar que houvesse uma continuação para este livro! 


Queda de Gigantes - Ken Follet

Excelente! O livro conta a história da 1a guerra mundial do ponto de vista de 5 familias de diferentes nacionalidades envolvidas no conflito. A parte romanceada prende a atenção, é escrito de uma maneira que o faz ser delicioso de ler. A parte histórica traz informações e detalhes que me fizeram entender e visualizar a história mil vezes melhor do que qualquer outro livro que eu tenha lido a respeito. Especialmente a parte da revolução russa, contada a partir do dia a dia de uma família que vive a transição do czarismo para o regime bolchevique. Sensacional.