sábado, 15 de junho de 2013

Chiang Mae



Chiang Mae é uma cidade grande 1.600.000 habitantes, é a segunda maior cidade da Tailandia, mas tem astral de cidade pequena. É considerada a capital cultural do norte da Tailandia. Adorei esta cidade. Ao mesmo tempo que mostra em todos os seus detalhes que estamos na Tailandia (mais de 300 templos, tuk-tuk, comida Thai, povo incrível), é muito mais tranquila que Bangkok e uma delícia de simplesmente passear por aqui.

Ficamos em um hotel na cidade antiga, o Buri Gallery House. Muito bem localizado, de onde íamos à pé para todo lado, descobrindo novos restaurantes, templos, artesanato, mil coisas. Ao chegar no hotel, já planejamos nossas atividades que tanto queríamos fazer no dia seguinte: a Lu queria ir andar de elefante, e eu estava louca para pedalar pela floresta tropical local, já que tinha ouvido falar que Chiang Mae  é ótimo para isso. E realmente nós duas ficamos super felizes com nossas escolhas.
Já emendei o pedal com 2 horas de massagem, que foi ideal para meus músculos super doloridos, e depois um jantar Thai em um restaurante contemporâneo que foi delícia!

De Chang Mae, fomos para Pai, e de lá tivemos que voltar para Chang Mae para poder pegar o avião para Krabi. Nesta segunda vez, ficamos só 1 dia em Chiang Mae. Nos hospedamos no Hotel At Chiang Mae,também na cidade antiga, mas em outro local, que parecia totalmente diferente da localização que ficamos antes. Este hotel era ótimo, num local muito mais animado. Resolvemos ir conhecer o famoso “Night Market”, que curiosamente também abre de dia, e foi uma perdição! Várias comprinhas de roupas legais, e principalmente de bijuterias de prata e pedras, tudo tão lindo!

 Esta é a entrada do templo mais famoso da cidade, Wo Suthep. Fica no topo de uma montanha, e tem uma escadaria infindável para chegar lá em cima. No canto direito da foto, uma menininha em trajes típicos que brincava por ali.



Este é o amigo da menininha da foto anterior. Eles são irresistíveis com essas bochechas tão redondas e roupinhas lindas!



Haja dourado!! Aqui já é dentro do espaço do templo, onde há monastérios, diversos templos, e muitos Budas.


Este foi o Buda que mais gostei, e a Lu logo falou que era só porque ele não era dourado. Mas alem disso, adoro essa posição das mãos dele e o sorriso.



No dia seguinte, a Lu foi se divertir com os elefantes. Dar banho, montar, alimentar. Ela deu tanta comida para este baby, que ele retribuiu com o abraço!



Enquanto ela montava elefante, eu fui fazer o meu downhill de bike. Detalhe dos protetores de braços e pernas que eu nunca havia usado antes. Depois do meu primeiro tombo, eu entendi o motivo de ser obrigatório usá-los.



A floresta tropical na Tailandia é muito parecida com nossa Mata Atlântica. Muitas bananeiras de todo jeito, flores lindas, e muito verde.



No início do downhill, logo após a fase de teste para ver para que nivel de trilha desceríamos, paramos em uma pequena fazenda de café. Ali nos serviram café feitos com os grãos colhidos ali mesmo. Café delícia, ótima fonte de energia e um visual do alto da montanha deslumbrante! Nesta foto, um casal de Malasia, muito gente boa, e nosso guia biker, o Kuhn, que foi sensacional. Recomendo muito esta empresa, a Chiang Mae Mountain Bike. Fui a primeira cliente brasileira deles!

sexta-feira, 14 de junho de 2013

Ayutthaya



Fizemos um bate-volta para Ayutthaya a partir de Bangkok. Leva 1 hora de trem, e foi bem fácil se virar na ferroviária, todos sempre querem ajudar. Esta cidade foi capital da Tailândia, até ser destruída pelo exército birmanês. As ruínas da cidade histórica hoje são reconhecidas pela UNESCO como Patrimônio da Humanidade. 

Antes de embarcarmos para a Tailândia, já havíamos reservado um tour em Ayutthaya, que seria um pedal de manhã, seguido por um passeio de barco e depois 2 horas de massagem. Soava muito bem, mas eu nem de longe imaginava que seria a delícia que foi! 

Primeiro que ao chegarmos em Ayutthaya, percebemos que maravilha que era o silencio, a calma e uma cidade sem trânsito nem poluição! O pedal foi muito legal, pois na verdade era um tour pelos 5 pontos históricos mais importantes da cidade. O almoço no barco foi a melhor e mais saborosa refeição de minha vida! E a massagem de 2 horas então... é um conceito totalmente diferente de massagem. É uma massagem com alongamento, onde a tailandesa te torce e estica para todos os lados, da ponta do dedo do pé até o alto da cabeça, uma delícia!! 


                                   Pedalamos até este local, que era o início da Cidade Histórica. 



É impressionante o número de Budas que encontramos a cada poucos metros de caminhada. Toda imagem de Buda é sagrada, então não podemos encostar nelas para tirar fotos, e nem desrespeitá-la de forma nenhuma. Diz a lei inclusive, que é proibido sair de país com qualquer imagem de Buda, mas muita gente leva mesmo assim.



                                Aqui a gente está em trânsito de um ponto histórico para o seguinte.




Foi um luxo visitar um templo tão lindo e vazio. Sensação de PAZ!  Sempre temos que tirar os sapatos ao entrar em um templo.



Esta cabeça do Buda foi encontrada longe do corpo dele há séculos atrás. Ela pesa toneladas, então a deixaram ali. As árvores se encarregaram de fazer uma bela obra de arte com ela. 


Nós temos almoçado e jantado comida Tailandesa todos os dias há 2 semanas, mas nada se compara a este almoço. Foi a refeição mais deliciosa e saborosa que já provei! Este almoço fazia parte do passeio, então o barco era só para a gente. Navegamos por 2 horas ao longo do rio que corta a cidade. Um sonho!



terça-feira, 11 de junho de 2013

Bangkok



Uma longa viagem de 34 horas em trânsito, e finalmente.... Bangkok! A cidade  é uma loucura. A primeira impressão ao chegar é que nunca iria conseguir me entender ali... todas  as placas naquela escrita que mais parecem hieróglifos, não dá para entender nem os números! Mas as pessoas na rua são incrivelmente solícitas, coisa que eu nunca esperaria de uma cidade que anda naquele ritmo. Nem todos falam inglês, mas mesmo assim tentam se comunicar em Tailandês conosco. Quando finalmente encontrava alguém que falava inglês, a pessoa invariavelmente pergunta de onde somos, e ao ouvir Brasil, abrem um grande sorriso, falam que adoram futebol, e que vão torcer pelo Brasil na copa.
Pela primeira vez na vida contratei um guia em uma viagem. Mas é um guia que funciona como um amigo local. Fizemos todos os passeios de transporte publico, barco, metrô, trem de superfície, tuk-tuk, e muita , mas muita caminhada. O transporte fluvial funciona muito bem, é constante, e uma ótima alternativa ao trânsito caótico da cidade. As pessoas dirigem em todas as direções e até agora não entendo como se entendem ali! Recomendo muito este guia, o Joker, da Yourthaiguide.com. Fala inglês super bem, e nos explicava coisas fantásticas da cultura do país e do Budismo, que para mim foi uma experiência nova que me surpreendeu e adorei.

Contrariando minhas expectativas, Bangkok é uma cidade muito verde. Tem partes dela que são invadidas pela floresta, e às vezes me lembrava a Floresta Amazônica, outras a mata do litoral paulista - carioca. Além disso, a enorme maioria das casas tem muitos vasos caprichados com flores e horta nas suas portas.

A comida Tailandesa local é um capítulo a parte na viagem! Eu já tinha lido que a comida de rua de Bangkok era uma das melhores do mundo, e realmente, da comida de rua, a restaurantes locais e restaurantes badalados, a comida sempre é maravilhosa, exótica e muito saborosa! 

O que mais me surpreendeu foi o povo. Eu nunca tinha ido a um país budista. Todas as casas, mesmo as mais simples, assim como hotéis, restaurantes, tem um pequeno altar sempre lindo e delicado na entrada. As pessoas são extremamente sorridentes, educadas, pacientes e tranquilas.



Ok, andar de tuk-tuk é obrigatório quando se visita a Tailândia pela primeira vez, mas não é o melhor transporte para a cidade, pois a poluição é tão grande, que em poucos minutos eu já me sentia sufocada! Fora isso, não tem taximetro como os taxis normais, então é sempre aquele lenga-lenga até se chegar a um valor com o motorista. 


  A Lu, o Joker e eu na entrada do Templo do Buda de Ouro, com nossas pernas e braços devidamente cobertos.


Este Buda é de ouro maciço, pesa 5,5 toneladas, veio de Laos,e é a maior estátua de ouro maciço do mundo. Tem 3 metros de altura.





Na ferroviária de Bangkok às 6 hrs da manhã. Pagamos o maior mico! Chegamos falando sem parar, super distraídas, de shorts, e nos sentamos em uma ala que estava cercada. E ainda comentamos como havia tantos monges ali. No minuto seguinte veio um guarda nos pedir para sair dali que era área reservada para os monges....


Este templo, o do Amanhecer, tinha as suas enormes paredes todas ornamentadas do lado de fora por estas esculturas. As flores das esculturas de todas as paredes são xícaras minuciosamente quebradas. O então rei da Tailandia, ganhou milhares de xícaras de mercadores Chineses. Como ele já tinha muitas xícaras, quebrou todos os presentes para decorar este templo do Sol Nascente (Wat Arun).



Aqui o templo do  Amanhecer visto de nosso meio de transporte favorito, o barco. Este foi o primeiro templo fundado em Bangkok, quando a cidade foi fundada, na ocasião em que os Tailandeses fugiam dos Burmeses que atacaram Ayutthaya, capital anterior da Tailandia. 
Subindo os muuuuitos degraus do templo para ver a vista da cidade.



Estas são as paredes externas do Templo do Buda de Esmeralda. É tudo pintado à mão! São infinitos detalhes, muito lindos e de um capricho inigualável. Não pudemos tirar fotos dentro do templo.



                                                                     Os monges estão por toda parte.


Aqui estou em um barco-ônibus no Rio Baan Chao Praya que corta a cidade de Bangkok. Os barquinhos são lindos e super agradável curtir a brisa naquele calor.



Seguindo a tradição no templo do Buda Deitado (Wat Pho). Cada  moedinha em uma cuia é um desejo. Foram 200 moedinhas!


 Este é o Buda Deitado. Tem 46 metros de comprimento e 15 metros de altura, e é todo folheado a ouro. As paredes internas do templo são maravilhosamente pintadas à mão, são tantos detalhes que é inacreditável!




 Vendedora no mercado flutuante. Nos disseram que Bangkok é a Veneza do Oriente. A cidade é cortada por um grande rio, muito caudaloso, e dele partem vários canais, onde há muitas casas, das mais simples até sofisticadas. E estes vendedores se aproximam dos barcos de passeio e de transporte para vender seus produtos. São bem profissionais, vendem de souvenirs até cerveja gelada!


 Estas roupas "lindas" foram os trajes obrigatório que tivemos que alugar, pois para entrar no Grand Palace, não podemos mostrar nem os ombros nem as pernas. O Grand Palace é um conjunto enorme de palácio, templos, monastério, escolas. Até hoje a família real mora lá, menos o Rei e a Rainha (que por sinal são adorados pelos Tailandeses), que tem 84 anos e hoje moram no hospital.


Comida de rua em Bangkok.No início achei que era loucura e nunca iria encarar, mas depois de 3 dias....


No bar do Sirocco, lugar famoso na cidade para uma linda  vista noturna. Desnecessário dizer que a Lu só me arrastou para lá poque ficava a meio quarteirão de nosso hotel.


A maioria dos templos e algumas casas tem estas flores de lótus na entrada. São tão lindas! Estas flores estavam na entrada do Jean Thompson House, a casa onde morou o americano que divulgou a seda Tailandesa para o mundo.


Este da foto é o hotel onde nos hospedamos em Bangkok, o Sirlon Center Point. Gostei muito, quartos enormes, ótima localização, bom serviço. Recomendo.


Na nossa primeira noite fomos jantar neste complexo de restaurantes. Indo e voltando de barquinho à noite, delícia!

quinta-feira, 18 de abril de 2013

Mais alguns livros...

Aqui um breve resumo dos últimos livros que li. Conforme sigo lendo os livros mais variados, mais eu constato que há 2 gêneros de livros que me atraem muito mais do que todo o resto: os romances históricos, e os que relatam fatos reais.

 A Mulher do Viajante no Tempo - Audrey Niffenegger

O livro é incrível: retrata a vida de um casal, Henry e Clare, em diferentes tempos, pois o marido tem uma rara condição genética que o faz viajar no tempo involuntariamente, tanto para o passado, quanto para o futuro, de modo que ao longo da vida de sua esposa, ele teve inúmeras idades. É delicioso de ler, prende muito a atenção, e nos faz refletir sobre como a vida é realmente feita de momentos, instantes.



@mor - Daniel Glattauer

O livro é gostosinho de ler. Às vezes prende a atenção, muitas vezes se repete, acaba cansando. Trata-se de uma conversa por email entre uma mulher e um homem que não se conhecem pessoalmente, onde é facil visualizar um joguinho de manipulação. É um livro bem para não pensar em nada, dar umas risadas, ler na praia. 
 
Inverno do Mundo - Ken Follet

É um livro que eu não queria que tivesse acabado de jeito nenhum! Dá vontade de continuar lendo mais e mais. Este livro é a continuação de Queda de Gigantes. Conta a história a partir do final da primeira guerra mundial, até o final da segunda guerra mundial. Mas conta de um jeito diferente de tudo o que eu tinha lido até agora. Do mesmo jeito que o livro anterior, conta a partir da perspectiva da vida de 5 familias de 5 países diferentes, cujos destinos vão se cruzando ao longo do livro. Então alem de contar a parte histórica de um jeito super interessante de ler, conta também como a guerra afetou e até mudou o jeito de ser destas pessoas. Super interessante!



Carcereiros - Drauzio Varella

Pelo título, e pelo o que o tema se propões, eu achei que não ia conseguir ler o livro todo. Raramente eu deixo de acabar de ler um livro que iniciei. Algumas vezes os livros se mostram desinteressantes, chatos mesmo no início, e eu persisto, em uma esperança que muitas vezes se torna vã, de lê-los até o final. As raras veze que desisti de algum livro, foi pelo fato do tema ser forte demais, muito cruel, sangrento, e eu realmente não conseguir prosseguir com a leitura. Achei que este livro seria um destes casos. Mas o Dr. Drauzio mais uma vez me surpreendeu. Eu nunca tinha lido nenhum livro dele, mas já era fã dele como apresentador dos programas de medicina e doenças, acho que ele tem um carisma enorme e uma grande capacidade de explicar assuntos complicados de uma forma interessante e simples. Neste livro, ele conta algumas histórias que se passaram com os carcereiros, nos anos em que ele foi médico voluntário no Carandiru. São histórias incríveis, que agora percebi serem de um mundo desconhecido e tão próximo a nós.  Mudou muito a minha visão sobre as pessoas que exercem esta atividade, os Carcereiros, e me apresentou o sub-mundo dos presídios de São Paulo.



Religião para Ateus - Alain de Botton

Apesar de se dizer não religioso, o autor aborda temas de várias religiões, surpreendentemente com muita frequencia temas católicos, de como vários aspectos da religião, são úteis se aplicados como somente regras e normas para o bem estar comunitário. A linha de pensamento seguida pelo autor condiz totalmente com minhas incapacidade de acreditar em milagres e de que as religiões existem para manter uma determinada ordem na sociedade, consolar tristezas, superar dificuldades. Mas o fato é que a forma de escrever do autor não conseguiu prender minha atenção. Ele tem argumentos interessantes e idéias válidas, mas a forma de pensamento muito abstrata, aliada a um tema filosófico, fizeram com que meus pensamentos fugissem para longe com frequencia.  Para minha surpresa, uma das fotos de página inteira neste livro, é uma foto idêntica a que tirei na Irlanda, em Gougana Barra, County Cork. É a foto de uma pequena igreja à beira de um lago, em um parque florestal. A paisagem é divina, linda, e o autor a menciona quando fala sobre a época de retiros em monastérios.