O lago Ba Be é o maior lago de água doce do Vietnã. Fica no
nordeste do país, e o acesso é bem difícil. Tão difícil, que demorou até
decidirmos como iríamos chegar até lá. Pegar um ônibus desde Hanói estava fora
de questão. A distância entre os 2
locais é 240 km, e o ônibus leva 9 hrs.
A agência que nos vendeu a viagem de Halong Bay não faz esta viagem, mas
nos recomendou a Ethnic Travel, com quem em 2 dias chegamos à nossa
configuração ideal da viagem.
Um carro executivo nos pegou no nosso hotel em Hanói. Com
motorista e guia em inglês, um luxo! E lá fomos nós para nossas 4 horas de
viagem até chegarmos à uma pequena cidade para almoçar. O restaurante foi na
casa de uma família. Delícia de comida, já perdi meus preconceitos e estou
comendo de tudo, preferencialmente sem saber do que se trata, mas o gosto é
sempre ótimo.
De lá, mais 1,5 hora de viagem até chegarmos ao lago Ba Be. Fomos
direto fazer um passeio de barco. Um barquinho só para nós. O lago é realmente
enorme, o visual é lindo, muita mata nativa, e nas margens muitos búfalos
tomando banho, o que desencorajava totalmente um mergulho, já que os bichões
sempre se aproximavam do barco, acho que era curiosidade. Em um certo ponto
paramos e caminhamos até uma cachoeira.O calor úmido intenso era sufocante. De
lá seguimos para a casa de família onde iríamos nos hospedar (home stay). Uma
casa grande, arejada, com sacadas, e uma grande família, casal com 2 filhas, e
avós. Ninguém falava inglês, mas todos uns amores. O nosso quarto me lembrou as casas de
pescador onde eu ficava no Bonete. Mas aqui era 100 vezes mais quente e nada de
ar-condicionado. E banheiro para fora do quarto, tendo que descer umas escadas.
Passado o choque cultural, tomamos um banho e de lá para uma varanda enorme
tomar uma cervejinha. Arrisquei-me na cozinha da família, e quando vi eu estava
enrolando os “spring rolls”. No Brasil eu nunca gostei de rolinho primavera,
mas aqui eles são maravilhosos. Jantar delícia e farto, e antes das 22 hrs
estávamos na cama.
No dia seguinte, depois de um café da manhã ocidental (ok,
eu estou adorando a comida asiática no almoço e jantar, mas não consigo encarar
aquela sopa de macarrão de arroz com verdura de manhã, muito menos o porco
frito), saímos antes das 8 hrs para uma trilha de 4 hrs, que prometia ser
íngreme e propiciar visuais incríveis. Eu estava apreensiva por causa do calor
e com medo de sentir dor no joelho.
Realmente começamos a subida, super íngreme, daquelas que
fazem o coração bater mais rápido. E um calor de abaixar a pressão. Ritmo lento
então. E devagar subimos, subimos.... para chegarmos ao cume de uma montanha,
de onde para um lado tinha uma vista maravilhosa para o lago, e do outro lado
uma vista lindíssima para um vale muito verde que misturava vegetação nativa
com arrozais sem fim. 50% dos Vietnamitas trabalham no cultivo do arroz, e o
país é o segundo maior exportador de arroz do mundo, somente atrás da
Tailândia.
Descemos do outro lado onde nosso motorista misericordiosamente
nos aguardava com ar-condicionado do carro ligado. Voltamos para nossa
home-stay, almoçamos e já seguimos para mais uma viagem de 6 horas rumo às
cachoeiras Ban Gioc.
O passeio de barco pelo Lago Ba Be. Paradisíaco e paz total.
Nosso quarto na casa da família. Camas com mosqueteiro, fazia tempo que eu não via isso!
Esta é a Mu, nossa guia, muito gente boa. E a baby no colo dela é a filha mais nova do casal que nos hospedou. Esta é a varanda onde fazíamos as refeições.
Este era o visual da varanda acima. De frente para um dos rios que desemboca no Lago Ba Be.
Caminhando por ali, vimos varias casas dessas, onde eles secam os milhos para a alimentação dos porcos, que é presença constante na culinária Asiática.
Aqui no início da subida da trilha. Vegetação e clima de floresta tropical.
Já na descida do outro lado do morro. Dando um tempo para admirar os arrozais.
Visual durante a trilha. Tão lindo!
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